quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Evangelho de Domingo - 25.12.2011

A) Texto: Lc 2,1-14

Aconteceu que, naqueles dias, César Augusto publicou um decreto, ordenando o recensiamento de toda a terra... Todos iam registrar-se, cada um na sua cidade natal. Por ser da família e descendência de Davi, José subiu da cidade de Nazaré, na Galiléia, até a cidade de Davi, chamada Belém, na Judéia, para registrar-se com Maria, sua esposa, que estava grávida. Enquanto estavam em Belém, completaram-se os dias para o parto, e Maria deu à luz o seu filho primogênito... Naquela região havia pastores que passavam a noite nos campos, tomando conta do seu rebanho. Um anjo do Senhor apareceu aos pastores,... e eles ficaram com muito medo. ... Hoje, na cidade de Davi, nasceu para vós um salvador... Glória a Deus no mais alto dos céus, e paz na terra aos homens por ele amados".

B) Comentário

Celebramos o Natal. Deus quis nascer entre nós, para estar conosco e ensinar-nos o sentido da vida partilhada. Ele, o infinito em seu Filho; resolve tornar-se presente no tempo e no espaço, como relata o texto.
A mensagem do eterno se mostra em sonhos. Assim sonhei. Sonhei que estava no céu. Lá era esplêndido, pleno de coisas belas. Entre as maravilhas vi uma criança de imensa beleza. Ela era o encanto de seu Pai. Com Ele brincava o tempo todo; e era como se um, fosse o outro (Jo 10, 30). Entre os múltiplos gestos de carinho, o Filho lanço-se nos braços do Pai e deu-lhe um beijo. E do beijo nasceu outra criança tão linda quanto à primeira. Porém o curioso era que o Pai nunca chamava a segunda de filho. Agora os três formavam uma só unidade, e o amor, vínculo da união.
Os pequenos iam de um lado para outro do céu, brincando, sorrindo e exalando felicidade. Em dado momento percebi que estavam sérios e a segunda criança regia o dálogo. Conversavam baixinho em segredo e eu não os conseguia ouvir. A segunda apontou ao universo, deu-lhe um líquido chamado lágrimas e o paqueno lançou-se no espaço. Era a noite do dia 24 de dezembro.
Não tardou para o Pai notar a ausência do Filho e começou procurá-lo sem encontrar. Tudo ficou conturbado no céu e entendi na agitação do Pai, que o Filho era tudo para ele; o céu pareceu perder a cabeça, o sentido de ser. Logo ele disse: já sei a causa de tudo! E chamou a segunda criança. Imaginei que ela ficaria constrangida, mas não. Deus lhe perguntou: Onde está o meu Filho? - Ele foi para a terra. E o Pai lastima: para a Terra! Não, para a terra não; eles vão matar meu Filho! Imediatamente chamou o Arcanjo Gabriel dizendo: Vá buscar o meu filho na Terra! - E como encontrar no imensidão do Universo? E o Pai: Aonde vires uma luz que brilha nas trevas, é o meu Filho!
O Arcanjo ao som da trombeta reuniu os anjos, e partiram. Chegaram à região de Belém de Judá, na Palestina. Era noite e os pastores estavam no campo cuidando dos rebanhos e cochilavam. Os anjos no alvoroço da alegria tocaram as trombetas clamando: Glória a Deus nas alturas!
Os pastores se assustaram e o anjo disse: Não tenhas medo! Os anuncio uma grande alegria: hoje nasceu para vós o Salvador! Aleluia!
O Arcanjo com o coro celestial retornou ao céu. O Pai perguntou por seu filho. Ele respondeu: o encontramos nos braços de uma terrena chamada Maria; ele estava feliz e disse que só viria quando resgatasse os humanos para cá. Conclui o Pai: Eu amo meu Filho e àqueles que ele ama! Ele faz a minha vontade e eu a dele. Os anjos: Amém! Amém!
Pe. Romeu Ferreira
Pároco da Paróquia de N. Sra. Rainha da Paz
Bairro do Bengui - Belém - PA.



Natal do Senhor


Dezembro de 2011

Minhas irmãs,
Precisamos recordar com todo respeito e admiração o que São Francisco fez no dia de Natal, no povoado de Greccio, três anos antes de sua gloriosa morte.
Havia nesse lugar um homem chamado João, de boa fama e vida ainda melhor, a quem São Francisco tinha uma especial amizade porque, sendo muito nobre e honrado em sua terra, desprezava a nobreza humana para seguir a pobreza de espírito. Uns quinze dias antes do Natal, São Francisco mandou chamá-lo, como costumava, e disse: "Se você quiser que nós celebremos o Natal de Greccio, é bom começar a preparar diligentemente e desde já o que eu vou dizer. Quero lembrar o menino que nasceu em Belém, os apertos que passou, como foi posto num presépio, e ver com os próprios olhos como ficou em cima da palha, entre o boi e o burro". Ouvindo isso o homem bom e fiel correu imediatamente e preparou o que o santo lhe tinha dito, no lugar indicado.
Aproximou-se o dia da alegria e chegou o tempo da exultação. De muitos lugares foram chamados os irmãos: homens e mulheres do lugar, de acordo com suas posses, prepararam cheios de alegria tochas e archotes para iluminar a noite que tinha iluminado todos os dias e ano com sua brilhante estrela. Por fim, chegou o santo e, vendo tudo preparado, ficou satisfeito. Fizeram um presépio, trouxeram palhas, um boi e um burro. Greccio tornou-se uma nova Belém, horando a simplicidade, louvando a pobreza e recomendando a humildade. A noite ficou iluminada como o dia e estava deliciosa para os homens e para os animais. O povo foi chegando e se alegrou com o mistério renovado em uma alegria toda nova. O bosque ressoava com as vozes que ecoavam dos morros. Os frades cantavam, dando os devidos louvores ao Senhor e a noite inteira se rejubilava. O santo parou diante do presépio e suspirou, cheio de piedade que jamais experimentara até então.
São Francisco pediu para fazer uma presépio naquela região de Greccio, porque o menino Jesus estava esquecido no coração daquele povo (1 Cel 30,84-85).
Portanto minhas irmãs, vamos, pois, preparar um lugar humilde, mas honrado para Jesus; ter o olhar amoroso de São Francisco para contemplar no presépio das nossas casas, das nossas Igrejas e também do nosso coração, um menino Jesus de olhos abertos, acordado, pois ainda está dormindo no esquecimento de muitos corações, até mesmo, no seio das nossas fraternidades e das nossas ações.
Diz no texto: "Ouvindo isso o homem bom e fiel correu imediatamente e preparou o que o santo tinha dito, no lugar indicado".
Penso que é maravilhoso enfeitar nossas casas para o Natal, no entanto, precisamos hoje imediatamente preparar o lugar indicado pela estrela, para Jesus nascer onde estivermos nesta vasta Amazonia, seja no campo, na cidade ou nas aldeias indígenas ajudando a preservar a vida e defender a nossa Amazônia, preparando um lugar para Jesus armar sua tenda e ficar conosco, com nosso povo amazônico; um lugar que Ele possa nascer sempre e de novo, de nossas "Marias amazônidas", pois o menino Jesus, são as crianças que nascem ou já vivem num presépio verde, de grandes árvores: Castanheiras, Pau d'arcos, Angelim, Tapereba, Açaí, Bacaba, Cupuaçu, Tucumã, jacarandá, Peroba, Cedro, Sucupira. Este presépio verde esteja rodeado de animais da nossa fauna amazônica: Garças, Araras, Canarinhos, Papagaios, Tucanos, Jacarés, Periquitos, Tracajás, Tartarugas, Onças, Preguiças, Macacos,... ; que ao nascer, Jesus, na pessoa de nossas crianças, possa ser banhado nas águas limpas dos nossos rios: Muirapinima, Tapajós, Amazonas, Trombetas, e tantos lagos e igarapés; A família de Nazaré não está longe de nós, são todas as famílias empurradas para as periferias das cidades, são as que lutam pela terra para terem o direito de plantar, colher e poder fazer da sua casa de farinha, um lugar de trabalho e encontro da sua familia, família de Nazaré.
Minhas irmãs, esses é o présépio que nós temos que correr imediatamentee preparar junto com os que estão conosco, como aqueles homens e mulheres de Greccio.
E pedindo que a Nossa Senhora e São José nos ajude a concretizar os projetos que ajudem nosso povo a ter mais esperança, vida e vida em abundância, desejo a todas vocês, um Natal de muita reflexão e contemplação e o ano de 2012 de muito compromisso com a unidade de nossa Congregação, com nossas irmãs, com a Igreja de Jesus e o povo com quem trabalhamos.
Minha saudação natalina a todas.
Irmã Maria Brites


sábado, 12 de novembro de 2011

Reunião do Conselho Ampliado - Alemanha

Ao centro nossa madre geral Ir. Theophila
Conselheiras da Província Alemã e da Província Brasileira
Assessor: Frei Estêvão Ottembreit,OFM
De 10 a 14 de Outubro de 2011, realizou-se a reunião do Conselho Ampliado Geral, na Casa Mãe. O tema geral do encontro foi: "Onde Deus está, há futuro". Da nossa Província éramos 10 participantes e 11 da província Alemã. O encontro foi assessorado por Fr. Estêvão Ottembreit, OFM, alemão e está no Brasil a 50 anos. Sua participação foi uma grande ajuda para nós: com suas reflexões profundas sobre a espiritualidade franciscana e sua experiência, soube orientar, questionar, animar para que o grupo encontrasse propostas para os desafios e dificuldades de nossa realidade. Na reunião foram tratados vários assuntos da nossa caminhada como Franciscana de Maristella: situação atual das províncias, missão em Moçambique, Missionsprocura e nossa estrutura de governo. Cada um destes temas foi bem refletido e discutido sempre com muita seriedde e responsabilidade, buscando-se o que foi considerado bom para as duas províncias...
Tivemos a alegria de visitar algumas fraternidades mais próximas e sentir o carinho de nossas irmãs para conosco (Trecho da carta de Ir. Lusimar para as fraternidades).
Agradecemos a Deus por todos os sinais divinos que nos deu confirmando assim a alegria de continuarmos caminhando juntas e a cada irmã que esteve unida a nós com suas orações. Nosso abraço, Ir. Mª Brites.

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

São Francisco de Assis

Santarém, 25 de setembro de 2011

Minhas irmãs.

Saúdo a todas com Paz e Bem!

Nos dias 01,02 e 03 de setembro, Ir. Iardete, Ir. Diva, Ir. Marinez e eu participamos da assembléia da CRB regional Pará e Amapá, em Belém. Acho pertinente partilhar convosco este painel que ilustra a temática em torno da qual giraram todas as discussões, falas e partilhas: "Palavra de Deus na Amazônia: gemidos e desafios, luzes e esperança". Esta foi a interpretação feita por Ir. Zenilda, presidente da CRB do nosso regional.

"Temos a imagem da Pietá Amazônica. Em seus braços está o filho, que não está morto, está em profunda dor, agonizando.

Como o filho, a Amazônia está agonizando, gemendo de dor! Ela também ainda não está morta, mas em agonia, gemendo de dor, uma dor gerada pelo desmatamento, pelas queimadas, pela derrubada das árvores.

Contemplemos:

- A idade significativa das árvores, expressa nos anéis (Vejam os anéis! Os anéis são os troncos).

- O corpo do filho está bem conectado com as árvores cortadas...

- Observemos o contraste da cinza e do verde.

- Perante toda degradação da criação, ainda resta o verde, a água...

- Pode nascer algo bom na dor: a plantinha que está nascendo.

- A mulher é a mãe natureza que está resistindo a tudo que a machuca e mata.

- Olhemos os rios: um rio que está limpo, fluindo bem; outro rio está bloqueado pelas árvores jogadas nele.

- A mãe natureza é a Mãe da Palavra presente na nossa Amazônia, com seus gemidos e desafios, com seus sonhos e esperanças".

Fico a me perguntar: qual seria a reação do nosso pai seráfico ao ver o que acontece na Amazônia e ao contemplar este painel? A joralista Mariana Lacerda diz: Já se sabe que São Francisco é o patrono da Ecologia; a sua trajetória segundo seus escritos, está carregado de histórias da sua relação com toda a criação e criaturas de Deus. Ele andava com cuidado para não machucar nenhuma planta e nenhum bicho; passava sobre as pedras com reverência e afastava carinhosamente, lesmas e formigas do caminho - para que ninguém, sem querer, as machucasse. Numa outra ocasião, Francisco conversou com um lobo pedindo-lhe que não provocasse medo às pessoas. Seus gestos de zelo e benevolência com animais, astros e plantas revelam o que o teólogo Leonardo Boff chama de "Sentimento de pertença". O lado ecológico de Francisco de Assis estaria ai: "Pertencemos à Natureza, somos partes de um Todo que nos cerca e que temos de preservar, além de se relacionar com reverência e unção", afirma Boff.

Assim também, com sinceríssima pureza, admoestava ao amor divino e exortava os trigais e vinhas, pedras e bosques e todas as coisas belas dos campos: as nascentes das fontes e todo verde dos jardins, a terra e o fogo, o ar e o vento.. Enfim, chamava todas as criaturas com o nome de irmão, percebia com agudeza as coisas ocultas do coração das criaturas (1Cel 81,4ss). Creio que nos dois primeiros capítulos do livro do Gênesis foi onde Francisco se inspirou em sua relação íntima de amor intenso com a natureza.

Portanto minhas irmãs é a partir da Palavra de Deus que nós vamos descobrindo as luzes para a nossa missão nesta imensa Amazônia. Aprendamos de São Franncisco, o mestre da fraternidade cósmica.

E ainda invoquemos a intercessão do nosso pai fundador, para que desça a energia divina e a sua proteção sobre nossas irmãs que assumem uma missão de risco, por defender junto com o povo a criação de Deus e rezemos como o salmista: "Que os malvados desapareçam da terra, e os injustos nunca mais existam" (Sl 104,35)

Minhas saudações fraternas e tenhamos todas uma boa celebração franciscana.

Ir. Maria Brites.

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Discernimento Vocacional



Nos dias 10 e 11 de setembro, aconteceu em Juruti o primeiro encontro de discernimento vocacional com jovens da Prelazia de Óbidos, participaram jovens das paróquias de Óbidos, Oriximiná e Juruti e contou com a presença das Congregações: Franciscana da Ação Pastoral, Missionárias da Imaculada Conceição, Franciscanas de Maristella, Missionários da Consolata da Arquidiocese de Manaus, do nosso bispo Dom Bernardo, os padres Diocesanos de Juruti e Pe. José Paulo, pároco de Óbidos.

A manhã de espiritualidade foi inspirada no Livro Sagrado cujo tema: "Mestre onde moras?"(Jo1,39), conduzido por Ir. Ivaldete (Franciscana da Ação Pastoral) e a tarde Pe. Anchieta falou sobre o chamado aprofundando nos textos bíblicos.

A noite na matriz, foi feito Ofício Divino das Luzes, leigos, religiosos/as, seminaristas e casais, deram testemunho de sua vocação e em seguida na área externa do dom Bosco, fez-se a abertura da Tenda Vocacional. No domingo a exposição da Tenda vocacional continuou mostrando o que cada Congregação faz e onde atua; também uma oportunidade que algumas pastorais tiveram para expor suas atividades pastorais na Paróquia.

Consideramos esta iniciativa da Tenda muito positiva pois a participação dos jovens foi muito boa e que para cada Congregação apareceu um/a jovem para ser acompanhado/a.

Agradecemos a colaboração de todos para realização deste evento e já pensamos no próximo com mais novidades. Continuemos rezando pelas vocações. Ir. Sabina






segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Mensagem para o dia de Santa Clara

Minhas queridas irmãs!

Desejo a todas saúde e paz. Que vocês possam viver com alegria este tempo bonito de festa clariana.

Quero agradecer-lhes pela contribuição nos nossos encontros: Coordenadoras, Pastoral Vocacional e Assembléia maior de: formação, partilhas, encaminhamentos e informações. Este foi um tempo de gratuidade da parte de Deus para conosco e a nossa resposta para Ele deverá ser a concretude das nossas ações planejadas, sem esquecer que Deus é o centro de nossas vidas.

Aproxima-se a festa clariana e diante do contexto onde a caridade e a gratuidade já contam pouco, lembremo-nos da prática de Santa Clara.

"A venerável abadessa não amava só as almas das filhas: servia também seus corpos com zelo de uma caridade admirável. Muitas vezes, no frio da noite, cobri-as com as próprias mãos enquanto dormiam... Se alguma, como acontece, estivesse perturbada por uma tentação, ou tomada de tristeza, chamava-a à parte e a consolava entre lágrimas. Às vezes ajoelhava aos pés as que sofriam para aliviá-las com carinho materno. As filhas, gratas por sua bondade, correspondiam com toda dedicação" (LSC 38).

Reflito convosco não tanto a caridade como ação que fazemos e sim como a fazemos, como a vivemos, sobretudo onde atuamos. Creio que viver a caridade é viver o amor; não um amor qualquer e sim o amor "caritas", amor como entrega total pela causa de quem amamos, e até abdicamos o nosso próprio "ego" diante da meta amorosa que temos diante do setnido de nossa vida.

Santa Clara usou um gesto simples para demonstrar a caridade, o zelo por suas irmãs; porque a caridade é prestativa (1Cor 13,4), a caridade é viver a gratuidade oferecida por Deus; a caridade é amor recebido e dado; é graça de Deus. Podemos nos perguntar: Será que no meu dia-a-dia estou vivendo a caridade? Muitas vezes lá fora, no trabalho, na missão, com os amigos, é mais fácil sermos caridosas, atenciosas e gratas. O que já acontece raramente dentro de casa. Quais os pequenos gestos que faço à minha irmã para que ela sinta que sou atenta às suas necessidades e zelo por ela? De que forma eu correspondo à dedicação da outra? A caridade não se alegra com a injustiça (1,Cor 13,6), porque a justiça não é alheia a caridade. Então qual é o meu compromisso com a justiça neste meio em que vivemos tão injusto? Penso que se nós levarmos a sério a vivência da caridade e da gratuidade estaremos seguindo e vivendo a caridade vivida por Santa Clara.

Essa é a minha reflexão, porém minha irmã é bom que você mesma faça a sua, se na sua vida já tem essa prática, pois então continue com mais afinco o exercício da vivência da caridade e da gratuidade. Pois é verdade que passamos por muitas trevas, mas não devemos esquecer que Santa Clara nos inspira com seu nome, "Clara": clarear, alvorecer, iluminar. Ela haverá de interceder por cada uma de nós que servimos aqui na Amazônia; pelos encaminhamentos do Generalato e as surpresas da missão que nos pegam desprevinidas.

Que Deus nos ajude e que nos deixemos ajudar, com a intercessão de Santa Clara, que rogue por nós que a temos como espelho.

"Santa Clara, guarda dos ideais franciscanos, intercede por nós, a graça de uma verdadeira renovação interior, no espírito do nosso pai fundador. Amém!"

Minha saudação clariana.

Ir. Mª Brites.

Assembléia regional

Nos dias 01,02 e 03 de julho, realizou-se na Casa Regional da Estrela da Amazônia em Santarém, a assembléia anual das irmãs Franciscanas de Maristella que servem na Amazônia. Nestes dias Fr. Florêncio veio falar pra nós sobre a revalorização da cultura indígena, já que o novo da nossa história por aqui é trabalhar com os povos indígenas; avaliamos a nossa vida de missão, planejamos e celebramos.

Planejamos para o próximo ano nosso retiro em Óbidos, na primeira semana de janeiro, nossa assembléia na última semana de julho e as prioridades para vivenciarmos no próximo ano. Foi realmente um tempo de bênçãos e das graças de Deus. Nos momentos escuros da caminhada o Senhor será a nossa luz. "Deus a noite não é escura se tu ai estás".

Ir. Mª Brites.

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Mt 28,16-20

A) Texto: Mt 28,16-20

Naquele tempo, os onze discípulos foram para a Galiléia, ao monte que Jesus lhes tinha indicado. Quando viram Jesus, prostraram-se diante dele. Ainda assim alguns duvidaram. Então, Jesus aproximou-se e falou: "toda a autoridade me foi dada no céu e sobre a terra. Portanto, ide e fazei discípulo meus todos os povos, batizando-os em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo e ensinando-os a observar tudo o que vos ordenei! Eis que eu estarei convosco todos os dias, até o fim do mundo".


B) Comentário:

A mensagem deste texto está vinculada à importância do movimento, presente no início e no meio da leitura, através do verbo ir, quando diz que "os discípulos foram para a Galileia..."; e logo destaca que Jesus falou: "Ide e fazei discípulos meus todos os povos".

Ora, na vida há o mover-se por si mesmo, por interesse ou decisão própria; e o mover-se por ordem de alguém, que emite o comando. Neste caso, a ordem vem de Jesus, daquele que tem poder, que tem toda a autoridade (v.18). E que ordena Jesus aos seus, a nós hoje? Que manda aqule que pode?

Primeiro ele diz: ide e fazei discípulos meus todos os povos. Está claro de que não se trata de quaisquer discípulos, mas que tenham identidade, que ao vê-los saiba-se que são de Cristo. Aqui há um desafio enorme, e sempre houve, na vida do discípulo de Jesus: corremos o risco de falar de nossas próprias idéias em lugar das idéias provenientes do Senhor. As idéias são dele, os discípulos são dele, esta é a verdade. Jesus fala com propriedade e transparência: fazei discípulos meus. O verdadeiro discípulo de Jesus é aquele que não faz discípulos para si e sim para o mestre. É por isso que o livro sagrado nos lembra: "quer vivamos, quer morramos, pertencemos ao Senhor".

Logo acena Jesus: ide e ensinai - "ensinando-os a observar tudo o que vos ordenei". Portanto é evidente que a instrução deve ser integral, que tudo deve ser repassado às novas gerações. Nada deve ficar fora da observância; tudo implica até nos detalhes, pois tudo é tudo. Aqui vem o eco de voz da mãe de Jesus ao respeito, quando no evangelho de João lemos que ela se dirige aos discípulos de seu filho com a mesma idéia, nas palavras: "Fazei tudo o que ele vos disser" (Jo 2,12). Conclui aquele texto de João, dizendo: "... e seus discípulos creram nele". Maria nos leva à fé em Jesus. O nosso texto de hoje, o de Mateus, menciona de que quando viram Jesus, "alguns duvidaram" (Mt 28,17). A dúvida também faz parte da vida do discípulo que recorre ao mestre, e o mesmo nos toma pela mão, como fez com Pedro "homem fraco na fé, por que duvidaste? " (Mt 14,31).


"Fazei discípulos meus todos os povos". O discípulo tem que instruir, o missionário é enviado a multiplicar os multiplicadores das ações de Jesus. Eis a missão do cristão, como outrora já dissera o apóstolo Paulo: "Já não sou eu que vivo, é Cristo que vive em mim" (Gl 2,20).

E por fim conclui dizendo: "ide e eu estarei convosco todos os dias, até o fim do mundo". Ora, quando Jesus diz "estarei convosco", é como se dissesse "eu sou Deus convosco"; exatamente o signficado de Emanuel anunciado pelo profeta (Is 7,14). Jesus é cumprimento das profecias, é a realização e garantia da presença divina e perene na ação de quem é seu discípulo. O mestre não deixa ninguém sozinho, pois age conforme o Pai: "não é bom que o homem esteja só"; e assim sabendo que a solidão é má companhia (Gn 2,18), busca o bem dos seus; ele estará sempre presente e pendente em tudo o que for necessário para a eficiência na missão dos discípulos, e assim sintam-se bem fazendo o que devem.

Padre Romeu Ferreira da Silva

Professor de Bíblia - Pároco da Paróquia Rainha da Paz - Bengui

Belém - PA

quarta-feira, 18 de maio de 2011

800 anos do Carisma Clariano

Do serviço aos pobres à experiência mística

As mulheres participaram ativamente da gestação e desenvolvimento da "religião dos novos tempos", centrada no Evangelho e expressa, em particular, na pregação e na vivência da pobreza. Mas os grupos femininos nunca puderam dar grande ênfase à pregação, mesmo com os espaços abertos temporariamente pelos movimentos considerados heréticos. Isto contribuiu para que as mulheres vivessem em maior profundidade a segunda característica, ou seja, a pobreza evangélica.

No espírito do Evangelho, pobreza e solidariedade com os pobres constituíam uma só experiência. Se a grande motivação que levava a maioria das "mulheres religiosas" a assumir a pobreza como forma de vida era o seguimento de Jesus Cristo pobre, a expressão concreta desta pobreza incluía a solidariedade com os pobres e excluídos da sociedade, por amor do mesmo Jesus Cristo que neles se fazia presente. Neste sentido, as mulheres exerceram um papel de destaque nas obras assistenciais que foram se multiplicando. Muitas se dedicavam aos leprosos nas regiões urbanas e outras prestavam serviço nos "hospitais" eram acolhidos não só peregrinos que se dirigiam a Roma e aos diversos santuários, mas também pobres, doentes e anciãos que vagueavam pelas estradas".

Esta nova espiritualidade, que se consolidou com as Ordens medicantes do século XIII, tornou-se um caminho privilegiado de vida cristã para muitas mulheres, enquanto ressaltava aspectos e valores evangélicos compatíveis com uma vida "no mundo" ou, pelo menos, fora dos tradicionais mosteiros. A Igreja legitimou esta caminho aos reconhecer a santidade de mulheres que tinham vivido de acordo com a "religião dos novos tempos". (O seguimento de Jesus Cristo em Clara de Assis - pag.78..)

Hoje, há muitas mulheres consagradas que seguem Jesus Cristo, bebendo da espiritualidade clariana, prestam serviços de qualidade aos necessitados, nesta vasta amazônia.

Santa Clara, rogai por nós!

terça-feira, 3 de maio de 2011

Páscoa do Senhor

Se o fim da vida

siginfica ressurreição

e não aniquilamento,

pois deixe-nos celebrar a Páscoa,

como penhor da nossa glória

e alegria vindoura.

Não vamos ao encontro da morte e sim da vida

na sua abundância máxima

como grão do trigo.

Um grão de trigo também nem palpita

como será quando é espiga,

e a lagarta na sua feiúra

nem imagina que um dia

será uma borboleta

e assim, também nós,

não prevemos o que será de nós.

A morte é um plano de qualidade,

que nossa imaginação

e as fantasias mais ousadas

não podem acompanhar.

Páscoa é a saída salvífica de todas as trevas,

de todas as dores.

Wilhelm Willms


(anexo da mensagem de Páscoa de nossa Madre geral)






VIDA VIVIDA EM FUNÇÃO DO AMOR



800 anos de carisma de Santa Clara.

Altíssimo, Pai Celestial, por vossa misericórdia e graça, iluminastes Clara de Assis e a conduzistes pelo caminho do Cristo pobre e humilde, acolhido como esposo bem-amado.

Ouvindo o vosso chamado no exemplo de Francisco de Assis, ela abandonou a nobreza e abraçou com jovial alegria a penitência evangélica, no serviço humilde, no silêncio contemplativo e na convivência fraterna.
Arrebatada pelo amor do Divino Esposo e espelhando-se na humanidade de Jesus, tornou-se uma luz fulgurante a brilhar para uma multidão de irmãs e irmãos.

Bendito sejais, Senhor, pelo brilho de Irmã Santa Clara, pelas tantas seguidoras de seu caminho e pelo estímulo fascinante que sua vida nos deixa a todos.

Concedei-nos, que a Família Franciscana do Brasil siga o mesmo caminho de simplicidade, de humildade fraterna, de pobreza evangélica, numa vida honesta e santa, alimentada pelo Pão da Palavra e da Eucaristia, solidária com os pobres e excluídos.

Pelo Divino Espírito Santo, concedei-nos o dom da fidelidade, para não perdermos de vista o ponto de partida de nossa vocação, e prosseguirmos alegremente até o fim. Amém!



Santa Clara de Assis, rogai por nós!

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Missa de Posse

Pe. Romeu foi transferido para a Paróquia Rainha da Paz no Bairro do Bengui. A missa de gratidão pelos 09 anos em nossa Paróquia de Santa Luzia, foi no dia 30.01.11 e a Missa de posse do novo Pároco, foi no dia 31.01. Ir. Darlene fez o agradecimento em nome dos paroquianos.
"Exmo. Sr. Arcebispo, Dom alberto Taveira, Revmo. Pe. Fábio, novo Pároco e demais sacerdotes concelebrantes, povo de Deus que participou desta solenidade, minha saudação!
Querido Pe. Romeu:
Nossa Paróquia de Santa Luzia, é grata a Deus pela sua existência como sacerdote e por ter vindo partilhar sua experiência de pastoreio entre nós, fazendo-nos sentir família de Santa Luzia.
Seu apreço e seu carinho por todos e cada um de nós, nos deixa uma marca indelével no coração e na alma que Deus nos deu.
Nossa gratidão se estenderia em mil facetas da vida, mas o tempo não é suficiente e minhas palavras não são bastante para expressar nossa alegria de tê-lo como parte integrante de nossa história de fé.
Nos resta rogar a Deus que lhe faça cada vez mais feliz e generoso em sua nova missão, como demonstrou para nós com todo o seu coração.
Que a luz de Deus e os rogos de Santa Luzia, ilumine os passos de seu caminho a percorrer, que nos leva a Deus e aos irmãos.
Vá em paz, leve a paz para a Paróquia Rainha da Paz.
Que Deus o abençoe e leve nossa gratidão em seu coração: Deus seja louvado! e assim Seja!
Pe. Fábio, nós Irmãs Franciscanas de Maristella lhe saudamos com a nossa saudação Franciscana. Paz e Bem!"

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Bem-vinda

Irmã Marinez chegou para formar a partir de 2011 a Fraternidade Estrela de Belém. No dia 23 de fevereiro chegará Ir. Diva e assim a fraternidade estará completa: Ir. Diva, Ir. Marinez e Ir. Darlene.
Deus seja louvado pela disposição de todas.