segunda-feira, 24 de maio de 2010

Mensagem de Pentecostes de nossa Madre Geral

Augsburg, 12.05.2010
Queridas coirmãs.
O tempo entre Páscoa e Pentecostes, que ainda estamos vivendo, é para a liturgia um tempo de festa.
No dia de Pentecostes celebramos o nascimento da Igreja.
No dia 24 de abril já completaram cinco anos, que nosso Santo Padre, Bento XVI, dirige a Igreja.
Agradeçamos a Deus:
Por ter colocado este farol em nosso caminho, neste tempo de tanta turbulência;
Pelo seu radical testemunho, em nome de Cristo Crucificado e Resssuscitado;
Pela sua mensagem sobre o amor de Deus, escrita na Encíclica: "Deus é amor".
Já no primeiro dia após a sua eleição, o Santo Padre, declarou como sua obrigação primordial:
"Trabalhar com todas as forças, pela plena e visível unidade de todos os discípulos de Cristo".
Também o seu antecessor João Paulo II disse palavras esperançosas:
"A ruptura nunca atingiu as raízes".
O Pastor da Comunidade Evangélica Luterana, Jens-Martin Kruse, que recebeu a visita do Papa em Roma, no domingo Laetare, disse a respeito dele: "Quem se encontra com o Papa, vê nele um cristão, que não coloca a sua pessoa nem o seu cargo no centro, mas Jesus Cristo".
Jesus Cristo, foi também o tema da palestra do Santo Padre para os Luteranos: Evangelho de João 12,20-26.
Peregrinos gregos recorrem ao apóstolo Filipe com o pedido: "Senhor, nós queremos ver Jesus".
O Papa Bento XVI disse: A situação deles é também sememlhante a nossa. Nós também somos peregrinos e também fazemos esta pergunta. Também nós queremos conhecer Jesus mais de perto. Vê-lo realmente. Mas, pelo menos deveríamos ser amigos de Jesus, como Filipe e André, que o conheceram e puderam abrir o caminho para os outros chegarem também a Jesus.
Isto também não é um projeto fundamental para nós?
Jesus rezou por todos que crêem Nele, para que sejam UM. Por isso ninguém pode dizer: "O Ecumenismo não me interessa".
Apesar de todos os problemas, podemos ser gratas, porque já existe muita unidade, pois no fundo, todos pertencemos a Cristo. Se Ele não fosse o centro unificador, o 2º Congresso Ecumênico das Igrejas (que aconteceu em Munique, no período de 13-16 deste mês), ficaria na memória apenas como uma grande feira. Esperança para todos, foi a palavra-chave deste Congresso. A Igreja quer levar a salvação para toda a humanidade, mas a sua credibilidade é bastante abalada diante do contra-testemunho de membros seus, o que leva outros a darem às costas à Igreja.
Mas nós devemos ter a convicção de que Deus colocou em nós a liberdade, a seriedade e a força moral, para andarmos no caminho certo.
Por isso, todo o julgamento sobre a Igreja, que se baseia apenas no comportamento das pessoas é um falso julgamento. Estes que dão às costas à Igreja, em vista dos casos de hipocrisia e imperfeições de seus membros, não teriam lugar na Igreja, porque também são imperfeitos.
Henri de Lubac (um crítico) escreveu sobre a Igreja:
"Dizem-me que ela é santa, mas eu a vejo cheia de pecados. Dizem-me que a sua missão é arrancar da humanidade as suas preocupações terrenas e lembrar a sua vocação para a eternidade, mas eu a vejo continuamente ocupada com as coisas deste mundo... Dizem-me que ela é unviersal e aberta, da mesma forma como o são a razão divina e o amor, mas muitas vezes eu constato, como os seus membros ficam medrosos e permanecem em grupos fechados... Desde as primeiras gerações, quando a Igreja ultrapassou a velha Jerusalém, ela reflete traços de fraquezas, como toda a humanidade."
Também nós somos pessoas limitadas e cheias de pecado. Há também em nossas Fraternidades atituds chocantes, mas o Espírito Santo nos provoca para sermos testemunhas de esperança para o mundo inteiro. Peçamos A Ele com toda humildade, os seus dons.
Sua Irmã M. Theophila

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