sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Disseram que seria impossível ....

 Caroline d'Essen - Avaaz.org
Caros amigos,




Milhões de pessoas tomaram as ruas de todo o Brasil diante da indiferença dos políticos e da brutalidade policial. Agora temos uma chance única de levar isto adiante e criar uma democracia brasileira digna das futuras gerações. Clique abaixo para fazer uma pequena doação e ajudar a fazer história!
Há dois meses, uma fagulha de esperança foi acesa em todo o país. Milhões de pessoas tomaram as ruas, lado a lado, diante da indiferença dos políticos e da brutalidade policial e deram um "BASTA" à corrupção e à injustiça. Estes são os momentos que fazem história e, agora, temos uma chance única de levar isto adiante e criar uma democracia brasileira digna das futuras gerações – mas somente se soubermos aproveitá-la.

Nossa democracia está se libertando de todas as amarras. Mas ainda estamos muito distantes de onde precisamos chegar. Temos que ter certeza de que a Ficha Limpa vai se enraizar em nossa cultura política. Temos que nos livrar de políticos corruptos em todo e qualquer cargo e tirar pessoas como Renan Calheiros do poder. Precisamos escancarar as portas de todas as esferas do governo para que a democracia não fique escondida do cidadão.

Nossos oponentes têm muito dinheiro, são poderosos e até mesmo corruptos. Para vencê-los precisamos nos unir, e obter milhares de pequenas doações de cada um de nós para construir um movimento maior, mais forte e inteligente. Clique abaixo para se comprometer com uma doação para o trabalho da Avaaz no Brasil para que possamos turbinar nossa luta contra a corrupção. Nós só vamos processar sua doação se obtivermos o suficiente para implementar esse plano. É agora ou nunca:

https://secure.avaaz.org/po/combatendo_a_corrupcao_no_brasil_ndnrs/?bjYqxdb&v=27828

A Avaaz é inteiramente financiada por seus membros que optam por contribuir com uma pequena doação quando podem. Não há dinheiro de governos, empresas, fundações ou megadoadores. Isso é parte fundamental da nossa força: a independência financeira nos diferencia da política tradicional, em que determinados interesses ditam as regras nos bastidores. E é essa independência que permite à nossa comunidade alcançar tanto.

Quando éramos menos de 1 milhão de membros no Brasil, ajudamos a pressionar os deputados a aprovar a Ficha Limpa. Com 2 milhões de membros, desempenhamos um papel fundamental para impedir a remoção forçada do povo Guarani-Kaiowá de suas terras. Com 3 milhões de membros, chamamos a atenção sobre o anti-democrático sistema de voto secreto existente em nosso Congresso. Com 4 milhões, ajudamos a enterrar a PEC37.

Imaginem as coisas que poderíamos fazer se aumentarmos o poder da nossa comunidade de quase 5 milhões de membros:
  • Tirar Renan do poder - expor suas artimanhas no Congresso, construindo uma coalizão de senadores que apoiam nossa causa para retirá-lo da presidência do Senado, além de acabar com o sistema de votação secreta que o colocou no cargo.
  • Construir uma nação Ficha Limpa - começando por endurecer as regras para as eleições do ano que vem, acabando com o dinheiro de empresas na política e fortalecendo a legislação contra a compra de votos.
  • Contratar investigadores para ficar na cola dos corruptos -- registrar seus truques sujos em vídeo e divulgar para o mundo todo em um site específico para acompanhar a atividade dos políticos.
  • Levar a corrupção para o tribunal -- os políticos de alto escalão não vão mais conseguir se esquivar da Justiça. Vamos garantir que eles sejam julgados, usando anúncios, ações de rua e pressão online e, assim, manter a honra do nosso sistema Judiciário.
  • Fortalecer os ativistas da comunidade -- vamos ensinar as estratégias de sucesso para ativistas contra a corrupção de vários cantos do Brasil e dar a eles as ferramentas necessárias para ajudá-los a vencer.
E muito mais. A comunidade da Avaaz já está no epicentro das incríveis mudanças que estão acontecendo no Brasil, e por trás de cada campanha há uma grandiosa estratégia, criada por uma pequena equipe de colaboradores, que trabalha junto a movimentos sociais em todo o Brasil para identificar as melhores oportunidades de atuação.

Até mesmo uma pequena doação, por cada um de nós, pode ter um efeito transformador no nosso impacto para levar o combate à corrupção no Brasil a outro nível, e vencermos essa batalha. Comprometa-se com 4 reais agora e faça a diferença:

https://secure.avaaz.org/po/combatendo_a_corrupcao_no_brasil_ndnrs/?bjYqxdb&v=27828

Muitos disseram que seria impossível alcançar uma mudança, mas continuamos provando o contrário. Lutamos em cada batalha pela Ficha Limpa, ajudamos o Congresso a acabar com benefícios revoltantes que davam mais dinheiro aos parlamentares, ajudamos a arquivar a PEC 37 e estamos muito perto de acabar com o voto secreto de uma vez por todas. Não há dúvida de que juntos estamos mudando o nosso país para melhor. E estamos apenas começando.

Com determinação,

Carol, Pedro, Oliver, Diego, Nádia, Luis e toda a equipe da Avaaz.

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

((o)) eco - terras indígenas

Em julho de 2013 uma equipe de ((o))eco foi até o Pará investigar a dimensão do impacto do complexo de 5 usinas hidrelétricas que o governo quer construir na bacia do Tapajós. O processo de tirar essas usinas do papel terá uma oposição tão aguerrida quanto a que se formou contra a usina de Belo Monte, inclusive pelos aguerridos índios Munduruku, que terão parte das suas terras alagadas e terão que ser realocados.

domingo, 4 de agosto de 2013

Municípios da Amazônia brasileira tem Índice de Desenvolvimento Humano Municpal baixo

Daniel Santini - Eco
02 de Agosto de 2013
A maior parte dos municípios situados na Amazônia Legal brasileira tem Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) considerado baixo ou médio. É o que indica o Atlas de Desenvolvimento Humano, levantamento apresentado nesta semana baseado em dados de 2010. Dos 772 municípios amazônicos, 671 estão nesta faixa, sendo 305 baixo e 366 médio, e apenas 78 têm IDHM considerado alto. Em nenhum, o índice foi considerado muito alto. A discrepância em relação a outras regiões do país é grande e indica a necessidade de políticas sociais e econômicas para promover o desenvolvimento humano da região. Conciliar o avanço com a preservação da floresta é um dos principais desafios para os gestores públicos.
Distribuição do IDHM na Amazônia Legal
Conforme é possível visualizar no quadro abaixo, a maioria dos municípios da Amazônia Legal tem um Índice de Desenvolvimento Humano médio ou baixo. Nenhum tem IDHM considerado alto.

Confira abaixo as dez cidades com pior e maior Índice de Desenvolvimento Humano Municipal da Amazônia Legal.
Municípios com pior r IDHMMelgaço (PA)Fernando Falcão (MA)Atalaia do Norte (AM)Marajá do Sena (MA)Chaves (PA)Uiramutã (RR)Jordão (AC)Bagre (PA)Cachoeira do Piriá (PA)

segunda-feira, 29 de julho de 2013

Horta no telhadoCanteir

Canteiro da Horta do Shopping Eldorado: Foto divulgação - Eco reportagens - Camila Fróis - 25 de julho de 2013.
Porém, a densa urbanização de São Paulo torna um desafio pensar na destinação de terrenos vagos para o plantio. O shopping Eldorado encontrou uma forma de criar sua horta urbana usando o telhado do prédio. Construir uma horta de 1.000 metros quadrados , que se aproveita de 600 kg diários de resíduos da praça de alimentação e da poda dos jardins do shopping, preparados para o plantio em uma composteira no subsolo do prédio. Desta forma, produz-se o substrato natural responsável por adubar alfaces, quiabos, camomilas, tomates, cidreiras, entre outras plantas que, quando colhidas, são distribuídas aos funcionários das lojas. Duas enzimas desenvolvidas pelo Bio Ideias possibilitaram a aceleração da compostagem (que em condições naturais pode levar até 180 dias) e a eliminação de odores. No início, o composto foi doado para hortas comunitárias e, em 2012, começou a implantação da horta no próprio telhado.


Hortas Urbanas


Horta orgânica: uma revolução gentil e orgânica - ECO reportagens: Camila Fróis - 25 de julho de 2013




































Em meio à megalópole de São Paulo, organizados em coletivos nascidos na web, os paulistanos estão ocupando os espaços públicos e semeando ideias para deixar a cidade menos cinzenta através das hortas urbanas. Elas são uma forma de se conhecer melhor a vizinhança, revitalizar o uso do espaço urbano e mudar a maneira de produzir comida. A ideia é facilitar o acesso a alimentos frescos e saudáveis, aumentar as áreas verdes nas metrópoles e diminuir o impacto do transporte de hortaliças, que hoje se baseia em um complexo mecanismo orquestrado de produção, transporte e distribuição. O conceito também já pegou em outros locais do mundo, como Havana, em Cuba, ou São Francisco, nos EUA.

A jornalista Cláudia Visoni é uma das principais representantes do coletivo de “Hortelões Urbanos” da cidade de São Paulo. Segundo ela, o grupo reúne na internet atualmente mais de 4.000 pessoas interessadas em trocar experiências de plantio doméstico de alimentos. A grande maioria já cultiva ervas, frutas e hortaliças no quintal, em jardins verticais, sistemas hidropônicos ou até mesmo em varandas de apartamentos. Além disso, eles pretendem inspirar os vizinhos a se envolverem no plantio voluntário de alimentos em áreas públicas. É o caso das hortas que têm se erguido informalmente e dado vida a terrenos baldios, beira de rios e praças da cidade, como na Vila Beatriz, na Vila Industrial, em Taboão da Serra, na Pompéia e até na Praça do Ciclista, em plena Avenida Paulista. Qualquer um pode por a mão na terra, plantar, colher e levar para casa o que cultivou gratuitamente. Para que essa realidade se espalhe, o Coletivo de Hortelões Urbanos da cidade de São Paulo entregou à Prefeitura de São Paulo uma carta com a reivindicação de que uma horta comunitária seja implementada em cada bairro, em cada escola, parque e nos postos de saúde.





























quinta-feira, 18 de julho de 2013

Expedição Tapajós revela fauna ameaçada por hidrlétrica

Os cientistas da Amazônia estão numa corrida contra o tempo: conhecer as espécies em seus habitats naturais antes que eles sejam transformados pela chegada das hidrelétricas nos rios da região


No maravilhoso rio Tapajós, formado da confluência dos rios Juruena e Teles Pires não é diferente. Ali está em processo de licenciamento a usina de São Luiz do Tapajós, com capacidade de geração de cerca de 6,1 mil MW.

Entre os dias dias 19 de setembro e 9 de outubro, o Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Peixes Continentais (Cepta), do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) realizou uma expedição bem nas corredeiras São Luiz do Tapajós, próximo a Itaituba, estado do Pará. Ali está o maior mosaico de unidades de conservação da Amazônia. A expedição fez o primeiro levantamento dos peixes e seus parasitas na região.

A diversidade da ictiofauna é incrível: foram capturadas e identificadas 160 espécies. Mas o total deve passar de 250 espécies já que muitas foram levadas para identificação posterior .

O fotógrafo da expedição Leonardo Milano e o ICMBIO gentilmente cederam estas fotos coletadas durante o trabalho dos pesquisadores. (ECO FAUNA E FLORA)

Desmatamento na Amazônia em Junho continua em alta


Desmatamento flagrado na Floresta Nacional de Jamanxin, em 2008. Foto: Leonardo F. Freitas/Flickr
Com poucas nuvens na Amazônia para atrapalhar a visualização do satélite, os números de alertas de desmatamento em junho deram um salto significativo. Tanto os dados referentes a corte raso e os de degradação florestal subiram muito. O aumento do desmatamento no sul do estado do Amazonas também chamou a atenção.

No total, o Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD) do Imazon detectou 184 quilômetros quadrados de desmatamento na Amazônia Legal em junho de 2013. Isso significa o desmate total de uma área de aproximadamente 18 mil e 400 campos de futebol, uma elevação de 437% em relação a junho de 2012, quando o desmatamento somou 34 quilômetros quadrados.

Os estados que mais desmataram foram o Pará, com 42% do desmate detectado em toda a Amazônia, e o Amazonas, com 32%, seguido de Mato Grosso (18%) e Rondônia (5%). Foi possível monitorar 88% do território em junho 2013, por causa das poucas nuvens.

Itaituba (PA), Lábrea (AM) e Apuí (AM) se destacam por terem sido os 3 municípios que mais desmataram em junho (veja tabela). Itaituba, cidade mais próxima onde serão construídas as hidrelétricas do Complexo do Tapajós, teve 46,7 km² desmatados. (Daniele Bragança e Rafael Ferreira - Eco notícias - 17 de julho de 2013).

quarta-feira, 17 de julho de 2013

Eleito o novo presidente da Conferência dos Religiosos do Brasil

Escrito por CRB Comunicação Ligado . Publicado em Destaque
Por Rosinha Martins e Monica Kondziolková |

 Religiosos e Religiosas reunidos na 23ª Assembleia Geral Eletiva da CRB elegeram na manhã desta quarta, 16, como presidente da Conferência Nacional dos Religiosos do Brasil, Irmão Paulo Petry, da Congregação dos Irmãos de São João Batista de La Salle (Lassalistas). O primeiro irmão a ser presidente da CRB Nacional foi Irmão Claudino Falchetto que atuou de 1983 a 1989.
Em entrevista à Assessoria de Comunicação da Assembleia Irmão Paulo Petry falou à Vida Consagrada. “Minha expectativa é corresponder à expectativa dos Religiosos. É uma grande responsabilidade”, disse, revelando sua emoção por ser eleito, pelo fato de apreciar muito a vida consagrada. Para ele a Vida Religiosa tem uma presença e um rosto bonito,  mas para além disso é preciso estar atento à sua complexidade no que refere aos seus diversos campos de missão. “É um misto de alegria e preocupação, mas vou continuar cantando como vocês: “Permanece conosco Senhor” afirmou.
O novo presidente deixou uma mensagem aos religiosos presentes em Assembleia e os convidou para que caminhem conjuntamente com ele neste triênio 2013- 2016: “Que permaneçamos unidos para defender os valores humanos e cristãos para que assim o senhor permaneça conosco. Se caminharmos juntos, embora tenhamos pontos de vista diferentes, maneiras diferentes de pensar, mas caminharmos juntos como os discípulos de Emaús e deixarmos Jesus caminhar conosco, continuaremos sendo testemunhas como as primeiras comunidades cristãs”, concluiu.
Como se dá o processo de eleição de um presidente
O processo eletivo compreende a indicação prévia de candidatos pelos associados da Conferência, a consulta das possibilidades destes com seus superiores, e a votação secreta  por meio de urna eletrônica que  durante a Assembleia.
O Superior Provincial do recém-eleito e membro da diretoria cessante da CRB, irmão Jardelino Menegat, relatou  as suas impressões com a eleição do seu confrade.
“Primeiro há uma consulta entre os superiores maiores e houve uma indicação. Irmão Paulo foi consultado pela CRB assim como ele me consultou como Provincial. Consultado o conselho Provincial dos Lassalistas, nós achamos que podíamos dispô-lo para essa função e a Assembleia votou nesse candidato com um percentual muito alto, 92% dos votos. Portanto há confiança na pessoa dele e esperamos que possamos corresponder ao que a Vida Religiosa espera”.
Resultado das urnas          
Com 356 votantes, Irmão Paulo Petry foi eleito  com 92,13% dos votos. Irmã Gertrudes Salatte Beal teve 6,74% dos votos; Irmã Francinete Amorim, 0,84%,  e Irmã Therezinha Remonatto,  0,28%.

O Fim da tarde em Bom Futuro - ((o))eco 16 de Julho de 2013



A 180 quilômetros da capital de Rondônia, a floresta é um emblemático caso de área que ficou anos e anos protegida apenas no papel. Dos 280 mil hectares de floresta da sua demarcação original, em 1988, 28% foram desmatados, em um processo de ocupação ilegal que foi se acentuando ao longo de duas décadas. Em 2009, a unidade tinha cerca de 65% da sua área reduzida, decorrente de muita discussão, conflitos, e da polêmica desafetação da unidade em troca da liberação da licença de instalação do Complexo Hidrelétrico do Rio Madeira. Leia mais em "Qual é o destino de Bom Futuro?"

terça-feira, 16 de julho de 2013

JORNADA MUNDIAL DA JUVENTUDE JMJ RIO 2013

11 de julho de 2013, uma data que tem motivos de sobras para ser lembrada pelos Obidenses. Neste mesmo dia em poucas horas, Óbidos que tem a característica de ser uma cidade tranquila, foi surpreendida por um forte vento que assustou seus pacatos moradores, foram momentos de muita tensão.
Depois da ventania, foi à vez de outra tempestade invadir Óbidos, esta, porém, veio em missão de paz trazendo em sua bagagem, um pouquinho da alegria que será vivida no Rio de Janeiro na Jornada Mundial da Juventude.
Como fora anunciado, a comitiva com 72 Suíços que vão para a Jornada Mundial da Juventude, que vai acontecer de 23 a 28 no Rio de Janeiro, chegaram a Óbidos para a Pré-Jornada. Apesar de poucas horas de convivência, suíços e obidenses compartilharam de momentos muito felizes.

No Bairro de São Francisco, os visitantes conheceram o Projeto “Cultura pela Paz” onde ficaram maravilhados com a apresentação da banda de música. No Cliper de Lourdes a pastoral da juventude mostrou como é confeccionada as barquinhas que são usadas no círio de Sant’Ana.
Antes da partida dos missionários suíços, foi celebrada uma missa, e após houve uma noite cultural onde foi à vez do grupo folclórico canto dos guaribas encantar os turistas com o nosso envolvente Carimbó. Os jovens suíços também mostraram um pouco da sua cultura através de uma dança típica.
A delegação Suíça viajou às 23h30min para Santarém, onde continuaram sua jornada.
Pascom - Óbidos

Círio de Sant'Anna foi um espetáculo

Neste domingo (08) foi realizado na cidade de Óbidos - Pará o círio fluvial, que abre oficialmente as festividades de Senhora Sant´Ana. A procissão fluvial saiu da comunidade do Curumu, distante de Óbidos cerca de 30 km, via terrestre e de barco, cerca de uma hora.
Numa tarde belíssima, o Círio Fluvial de Senhora Sant´Ana saiu da Vila do Curumu, na Balsa D. Olga, por volta 17:30h e logo no inicio, acompanhadas por poucas embarcações, todas devidamente enfeitadas para homenagear Sant´Ana. A medida que ia se aproximando da cidade mais e mais embarcações chegavam para acompanhar a padroeira dos obidenses e quando chegou em Óbidos, dezenas de embarcações já faziam parte do cortejo.
A balsa que carregava a Imagem da padroeira estava enfeitada com replica da igrejas das paróquias que fazem parte da Diocese de Óbidos e bonecos gigantes que representavam pescadores e que faziam movimentos. A imagem de senhora Sant´Ana estava coloca em um globo, suspensa por um guindaste, que também se movimentava, fazendo movimentos verticais.
Durante o percurso as comunidades ribeirinhas homenageavam a padroeira com fogos de artifício, como a bela homenagem feita por  Beto Canto, da Fazenda Cantão, as margens do Rio Amazonas. Como de praxe, não poderia faltar os barquinhos de velas, que foram confeccionados pela comunidade e que antes da chegada do círio ao cais, foram lançadas ao rio Amazonas e levados pela correnteza dando um brilho a mais ao Círio.
Por volta das 21:00 horas a Santa chegou ao cais do porto onde um multidão de fieis a aguardavam com muita expectativa, sendo recebida com fogos de artifício num belo espetáculo. Os fogos estavam colocados nas Docas do Pará e no Barco Príncipe de Óbidos, que iniciou com um longa cascata, que se prolongava por toda a extensão do barco. As comunidades da Terra Firme e Várzea trouxeram também as imagens dos seus padroeiros para recepcionar Senhora Sant´Ana.
Na chegada, a imagem de Sant´Ana foi retirada do globo, por Dom Bernardo que a ergueu à população e depois foi entregue ao Arcebispo de Belém, Dom Alberto Tavera, que a conduziu até a berlinda, seguindo em procissão pelas ruas da cidade, recebendo várias homenagens no percurso, até a Praça de Sant´Ana onde foi realizada a missa campal.
A festividade de Senhora Sant Ana prosseguirá até o próximo dia 26, quando será realizada a festa de encerramento. Por João CantoClick to enlarge image 02.jpg

Precisamos caminhar, avançar na dimensão que é própria do Evangelho, afirma o secretário nacional da CRB, Fr. Moacyr Casagrande, ofmcap.

De 15 a 19 de julho é realizada a Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB Nacional) reunindo cerca de 600 religiosos e religiosas em Brasília, na Escola Paroquial Santo Antônio, para a Assembleia Geral da entidade. Na ocasião, será realizada a eleição da nova presidência que atuará de 2013 a 2016 em prol da Vida Religiosa do Brasil. Durante a Assembleia biblistas, psicólogos, teólogos e missiólogos ajudarão no processo eletivo com algumas reflexões sobre a Vida Religiosa. O Secretário Nacional da CRB, biblista, membro da Equipe Bíblica da entidade, frei Moacir Casagrande, OFMcap, ressalta a importância do tema e do lema da Assembleia. 
“Nós escolhemos este tema depois de uma longa discussão entre todas as equipes de reflexão da CRB e também com as Diretorias Regionais e chegamos à conclusão que há um desafio que sempre volta. Não é a primeira vez que a identidade entra no tema de uma Assembleia Geral Eletiva. A identidade da Vida Religiosa é um processo que precisa ser trabalhado constantemente”.  Em se tratando de uma assembleia eletiva, frei Moacir explica que o tema quer despertar para a consciência da missão da coordenação da Vida Religiosa no Brasil. “Nós precisamos caminhar, avançar na dimensão que é própria do evangelho, que é própria aos desafios que o mundo constantemente nos apresenta, especialmente hoje, que há certo pessimismo em relação ao futuro, há uma ideia de que tudo acaba amanhã ou hoje mesmo, e não é assim”.
Durante a Assembleia os religiosos terão a oportunidade de refletir sobre “sinais que a Vida Religiosa não reconheceu ao longo do caminho”, com base no lema. Nesta dimensão, a insistência é pela humanização das relações. “O mundo caminha para uma maquinização e nós queremos uma humanização que, não somente nós queremos, mas que todos querem; estamos sendo substituídos pelas máquinas e nos tornando absolutamente dependentes das máquinas e não sabemos, com isso, ser humanos. Partimos para o relativismo, para o mecanicismo e esquecemos que há uma dimensão que é anterior e será posterior a essa e que essa dimensão passa”, enfatiza frei Moacir. O secretário Nacional da CRB, frei Moacir Casagrande acredita que a Vida Religiosa está vivendo desafios. “Um primeiro elemento é a inquietude. Existe muita gente inquieta na Vida Religiosa em relação ao presente e ao futuro. Outro aspecto é o questionamento em relação aos processos formativos da Vida Consagrada, porque as pessoas, que entram para a Vida Religiosa, vêm buscar outras dimensões e nós, às vezes as oferecemos, outras vezes, não”.

JMJ

A missionária Luciane Facundes Ferreira, 30 anos, vai presenciar um momento que poucos poderão ver. A macapaense vai participar da missa fechada do Papa Francisco com bispos em 27 de julho na Catedral de São Sebastião, um dos eventos da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), no Rio de Janeiro. Ela é uma dos milhares de peregrinos que seguirão do Ceará para a Jornada, de 23 a 28 de julho.
O convite para Luciane participar da missa chegou por e-mail no último dia 10. “Como chegou por e-mail, resolvi checar e liguei para a organização. Eles confirmaram o convite”, lembra. Para garantir a vaga, a missionária teve de enviar um questionário detalhado. Do Ceará, apenas Luciane e o seminarista Franco Michel Galdino, 24 anos, foram escolhidos para ocupar algumas das cadeiras vagas na celebração.
Luciene está em missão há dois anos em Fortaleza. “Fiquei surpresa. Estou vendo com grande alegria e responsabilidade. Alegria por estar unida à nossa Igreja e responsabilidade porque, de certa forma, estarei representando a Comunidade Shalom nesse momento”, conta.
Luciane e o grupo de 50 jovens viajam no dia 22 de julho para o Rio de Janeiro. Além da ansiedade para a missa com o papa e os bispos, a missionária aguarda com o grupo que coordena os atos centrais da JMJ, como a chegada do papa e a via sacra em Copacabana. “O grande momento para nós será a vigília”, afirma.
A vigília com o papa Francisco também será realizada no dia 27 de julho. “Assim que terminar a missa, seguirei em peregrinação durante três horas com os outros”. Ela afirma que vai percorrer a pé 13 km até o Campus Fidei, em Guaratiba, na Zona Oeste do Rio de Janeiro.
Preparação
Cerca de 2.000 jovens de Fortaleza devem participar da JMJ. As preparações dos grupos de peregrinos vão das dicas de viagem até os momentos de espiritualidade. “Nos reunimos frequentemente para prepará-los. O objetivo não é simplesmente um momento de lazer, estamos indo como peregrinos unidos com toda a Igreja. É importante prepará-los para viverem esse momento de fé”, diz.
A missionária já esteve em missões pelo interior do Ceará, Rio de Janeiro, Sergipe e São Paulo. Mesmo já tendo participado da Jornada Mundial da Juventude de 2011, em Madrid, para Luciane, o encontro de 2013 será especial. “Nós sabemos que o Brasil é o país mais católico do mundo, será uma festa muito bela”, afirma.

segunda-feira, 15 de julho de 2013

Mataram mais um irmão

Por conta do assassinato de um líder indígena da aldeia Ororubá, no interior do Pará, o bispo de Marabá, dom Vital Corbelini e o Cimi divulgaram uma nota na manhã desta sexta-feira, 12 de julho. No texto, questionam "Quantas vidas ainda terão de sucumbir à saga dos invasores, para que os órgãos competentes tenham boa vontade de resolver o problema? E quem vai reparar essa perda que a família da vitima e a comunidade Atikum está sofrendo, com o bárbaro assassinato de um dos seus membros?".
A seguir, a íntegra do texto:
Diocese de Marabá – CIMI -PA
LIDERANÇA ATIKUM DA ALDEIA ORORUBÁ É ASSASSINADO POR INVASORES DO SEU TERRITÓRIO

A Diocese de Marabá manifesta a indignação frente ao assassinato da liderança Atikum da aldeia Ororubá no Sul do Pará. Nós pedimos ao Senhor a justiça que se realize pelas pessoas humanas. Nós não podemos permanecer acomodados diante da situação que os povos indígenas estão vivendo e muitas vezes sofrem assassinatos. As suas terras são invadidas com derramamento de sangue.
Wilson Ambrósio da Silva era um dos representantes do Povo Atikum do município de Itupiranga (PA). Ele integrava a comitiva indígena do estado que esteve em Brasília no dia 19 de abril passado para somar força às mobilizações do Abril Indígena e denunciar a ocorrência de invasão e ilícito ambiental na área ocupada por suas famílias, dentro de um Projeto de Assentamento para Reforma Agrária, do Incra, na região.
Os índios chegaram a protocolar um documento junto aos representantes da Procuradoria Geral da República, por ocasião da realização de uma audiência pública na sede do órgão, denunciando toda a situação vivenciada pela comunidade e pedindo ajuda urgente, pois o clima entre indígenas e invasores, já estava tenso.
Em Marabá, as lideranças Atikum encaminharam novamente o mesmo ofício, via email, para a Funai e para um representante do Incra, em Brasilia. Participaram também de uma audiência com o MPF, na cidade de Marabá, para tratar da questão, sem que quase nada fosse feito para agilizar a retirada dos invasores da área.
Depois de um ano entre idas e vindas das lideranças Atikum à Funai, ao Incra, à Policia Federal e ao MPF em Marabá, cobrando providências e agilidade no processo de retirada dos invasores da área, no dia 09 de Julho de 2013, o que era temido pela comunidade e o que vinha sendo denunciado já há algum tempo  aconteceu na aldeia Ororubá.
O indígena Wilson Ambrósio da Silva, de 43 anos, foi encontrado morto por volta das 16 h, com dois tiros no corpo, sendo um na cabeça e outro no tórax. Foram membros do seu grupo que o encontraram na reserva ocupada por famílias indígenas.
Segundo a comunidade, ele havia saído pela manhã para a serra (área disputada pelos invasores e o indígenas), para olhar o gado da comunidade que estava pastando naquele local e, não voltou mais.
Os indígenas acusam a família do principal invasor da área, conhecido como “Bil”, de ter praticado o crime. Já fazia 11 meses que a área cedida pelo Incra às famílias Atikum havia sido invadida pelo grupo desse sujeito que de uma hora pra outra chegou na região dizendo que o próprio Incra em Marabá o havia assentado na área.
Segundo o documento que foi entregue ao MPF, em Brasília, os indígenas dizem que “todas as atas das reuniões que foram feitas tanto na FUNAI, no INCRA quanto no MPF em Marabá, através de visitas, apontam uma resolução aparentemente simples para resolver o nosso caso (por favor, solicite esses documentos à FUNAI, ao INCRA e ao MPF em Marabá), mas até o momento o que estamos vendo e sentindo é que estamos sendo enrolados e enganados com falsas promessas. Enquanto isso, a única área de floresta na região está sendo devastada pelos invasores, com enormes prejuízos para a nossa comunidade. O INCRA, por outro lado, é sabedor de que nos fez essa doação há dez anos e os demais órgãos citados nesse documento também são sabedores de que fizemos desta área uma reserva ambiental e cultural para as futuras gerações do nosso povo e o mínimo de qualidade de vida para todos. E agora, nos deparamos com a atitude do próprio INCRA que diz ter assentado outras famílias não índias na área, sem nos consultar, desrespeitando acordos feitos anteriormente entre a FUNAI e órgão agrário”.
E finalizavam o documento entregue ao MPF, à Funai e ao Incra, em Brasília, pedindo, uma intervenção do MPF no caso e outras ações, tais como “que o INCRA retire imediatamente os invasores da área, antes que eles destruam toda a cobertura florestal da serra, causando-nos ainda mais danos; cobre da FUNAI a regularização das áreas cedidas pelo INCRA e solicite do MPF em Marabá um acompanhamento mais incisivo do caso”.
Porém, o que ocorreu mesmo foi aquilo que já vinha sendo alertado pelos índios às autoridades da região há algum tempo. Ou seja, o assassinato de um dos membros da comunidade Atikum da Aldeia Ororubá na luta pela terra, o que deixou um povo todo abalado, com medo e entristecido.
Segundo informações dos próprios indígenas, a Funai e a Policia Federal já estão na área apurando o caso, mas a comunidade está questionando  quem agora vai resolver o caso da invasão da terra das 18 famílias indígenas que dependem deste pedaço de chão para sobreviver? Quantas vidas ainda terão de sucumbir à saga dos invasores, para que os órgãos competentes tenham boa vontade de resolver o problema? E quem vai reparar essa perda que a família da vitima e a comunidade Atikum está sofrendo, com o bárbaro assassinato de um dos seus membros?
Esperamos que a justiça seja feita, que este assassinato de mais uma liderança indígena no Brasil não fique impune, que os responsáveis sejam presos e processados e que os invasores da área da comunidade Atikum da Aldeia Ororubá sejam retirados imediatamente do território do povo.

O Senhor Jesus nos ajude a viver o amor a Deus e ao próximo.    

Marabá (PA),  10 de julho de 2013.

Dom Vital Corbellini
Bispo Diocesano de Marabá – PA

Conselho Indigenista Missionário - Equipe de Marabá