“Nós escolhemos este tema depois de uma
longa discussão entre todas as equipes de reflexão da CRB e também com
as Diretorias Regionais e chegamos à conclusão que há um desafio que
sempre volta. Não é a primeira vez que a identidade entra no tema de uma
Assembleia Geral Eletiva. A identidade da Vida Religiosa é um processo
que precisa ser trabalhado constantemente”. Em se tratando de uma
assembleia eletiva, frei Moacir explica que o tema quer despertar para a
consciência da missão da coordenação da Vida Religiosa no Brasil. “Nós
precisamos caminhar, avançar na dimensão que é própria do evangelho, que
é própria aos desafios que o mundo constantemente nos apresenta,
especialmente hoje, que há certo pessimismo em relação ao futuro, há uma
ideia de que tudo acaba amanhã ou hoje mesmo, e não é assim”.
Durante a Assembleia os religiosos terão
a oportunidade de refletir sobre “sinais que a Vida Religiosa não
reconheceu ao longo do caminho”, com base no lema. Nesta dimensão, a
insistência é pela humanização das relações. “O mundo caminha para uma
maquinização e nós queremos uma humanização que, não somente nós
queremos, mas que todos querem; estamos sendo substituídos pelas
máquinas e nos tornando absolutamente dependentes das máquinas e não
sabemos, com isso, ser humanos. Partimos para o relativismo, para o
mecanicismo e esquecemos que há uma dimensão que é anterior e será
posterior a essa e que essa dimensão passa”, enfatiza frei Moacir. O
secretário Nacional da CRB, frei Moacir Casagrande acredita que a Vida
Religiosa está vivendo desafios. “Um primeiro elemento é a inquietude.
Existe muita gente inquieta na Vida Religiosa em relação ao presente e
ao futuro. Outro aspecto é o questionamento em relação aos processos
formativos da Vida Consagrada, porque as pessoas, que entram para a Vida
Religiosa, vêm buscar outras dimensões e nós, às vezes as oferecemos,
outras vezes, não”.
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