segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Mensagem para o dia de Santa Clara

Minhas queridas irmãs!

Desejo a todas saúde e paz. Que vocês possam viver com alegria este tempo bonito de festa clariana.

Quero agradecer-lhes pela contribuição nos nossos encontros: Coordenadoras, Pastoral Vocacional e Assembléia maior de: formação, partilhas, encaminhamentos e informações. Este foi um tempo de gratuidade da parte de Deus para conosco e a nossa resposta para Ele deverá ser a concretude das nossas ações planejadas, sem esquecer que Deus é o centro de nossas vidas.

Aproxima-se a festa clariana e diante do contexto onde a caridade e a gratuidade já contam pouco, lembremo-nos da prática de Santa Clara.

"A venerável abadessa não amava só as almas das filhas: servia também seus corpos com zelo de uma caridade admirável. Muitas vezes, no frio da noite, cobri-as com as próprias mãos enquanto dormiam... Se alguma, como acontece, estivesse perturbada por uma tentação, ou tomada de tristeza, chamava-a à parte e a consolava entre lágrimas. Às vezes ajoelhava aos pés as que sofriam para aliviá-las com carinho materno. As filhas, gratas por sua bondade, correspondiam com toda dedicação" (LSC 38).

Reflito convosco não tanto a caridade como ação que fazemos e sim como a fazemos, como a vivemos, sobretudo onde atuamos. Creio que viver a caridade é viver o amor; não um amor qualquer e sim o amor "caritas", amor como entrega total pela causa de quem amamos, e até abdicamos o nosso próprio "ego" diante da meta amorosa que temos diante do setnido de nossa vida.

Santa Clara usou um gesto simples para demonstrar a caridade, o zelo por suas irmãs; porque a caridade é prestativa (1Cor 13,4), a caridade é viver a gratuidade oferecida por Deus; a caridade é amor recebido e dado; é graça de Deus. Podemos nos perguntar: Será que no meu dia-a-dia estou vivendo a caridade? Muitas vezes lá fora, no trabalho, na missão, com os amigos, é mais fácil sermos caridosas, atenciosas e gratas. O que já acontece raramente dentro de casa. Quais os pequenos gestos que faço à minha irmã para que ela sinta que sou atenta às suas necessidades e zelo por ela? De que forma eu correspondo à dedicação da outra? A caridade não se alegra com a injustiça (1,Cor 13,6), porque a justiça não é alheia a caridade. Então qual é o meu compromisso com a justiça neste meio em que vivemos tão injusto? Penso que se nós levarmos a sério a vivência da caridade e da gratuidade estaremos seguindo e vivendo a caridade vivida por Santa Clara.

Essa é a minha reflexão, porém minha irmã é bom que você mesma faça a sua, se na sua vida já tem essa prática, pois então continue com mais afinco o exercício da vivência da caridade e da gratuidade. Pois é verdade que passamos por muitas trevas, mas não devemos esquecer que Santa Clara nos inspira com seu nome, "Clara": clarear, alvorecer, iluminar. Ela haverá de interceder por cada uma de nós que servimos aqui na Amazônia; pelos encaminhamentos do Generalato e as surpresas da missão que nos pegam desprevinidas.

Que Deus nos ajude e que nos deixemos ajudar, com a intercessão de Santa Clara, que rogue por nós que a temos como espelho.

"Santa Clara, guarda dos ideais franciscanos, intercede por nós, a graça de uma verdadeira renovação interior, no espírito do nosso pai fundador. Amém!"

Minha saudação clariana.

Ir. Mª Brites.

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